Roteiros de fronteira impulsionam o turismo no país

Pantanal e a Tríplice Fronteira estão entre os destinos que atraem o viajante pela experiência que integra mais de uma nação. Riqueza cultural, cenários de natureza exuberante e boas oportunidades de compra estão entre os principais atrativos.

Cidades brasileiras que fazem fronteira com outros países chamam a atenção das agências, das operadoras de turismo e dos viajantes como opção acessível aos que desejam fugir do carimbado passeio de férias para a praia. Entre os 588 municípios brasileiros espalhados por 15,7 mil quilômetros de faixa de fronteira, as atrações incluem safáris, belezas naturais, cultura e, claro, turismo de compras.

Apenas no ano passado, na região do Pantanal, 210 mil turistas gastaram cerca de R$ 36 milhões no comércio fronteiriço com a Bolívia, localizado a menos de seis quilômetros do centro do município de Corumbá (MS). A circulação de turistas dentro do próprio continente, passando por destinos que integram mais de um país, é uma tendência mundial, segundo Nilde Brun, presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul. Entre os dias 21 e 23 de outubro a cidade de Corumbá (MS) sediará o II Encontro de Turismo de Fronteira – Brasil/Bolívia, evento que abordará os desafios e as oportunidades para o fortalecimento de roteiros no Pantanal.

O Ministério do Turismo debate políticas de estímulo ao turismo de fronteira por meio do Programa de Turismo de Fronteiras (Frontur), que envolve também representantes da Polícia Federal, Receita e Academia. Entre as iniciativas do programa destaca-se o auxílio na preparação para grandes eventos, tais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, em 2016.

Além de fazer compras de produtos importados e artesanato andino nas lojas e shoppings da Fronteira Binacional, o turista que vai a Corumbá pode contratar safáris para observação de animais nativos como, jacarés, sucuris e capivaras, entre outros. Há, também, a possibilidade de observar a habilidade dos pantaneiros na condução do gado, nas fazendas da região. A cidade de Corumbá tem ainda igrejas centenárias e antigos fortes com canhões erguidos em posição de defesa da nação brasileira quando em guerra com espanhóis e paraguaios.

Na Tríplice Fronteira, em Foz do Iguaçu, turistas têm a oportunidade de conhecer a diversidade cultural de Brasil, Argentina e Paraguai, em um raio de 150 quilômetros. As belezas naturais e opções de compras são os principais atrativos. Na região, é possível visitar as Cataratas do Iguaçu e a Hidrelétrica de Itaipu. Já o Marco das Três Fronteiras é parada obrigatória para quem vai à região.

A chegada de turistas estrangeiros na região cresceu 10% em comparação ao ano passado, segundo o diretor de operações de uma agência que comercializa roteiros na Tríplice Fronteira, Pedro Falcon. Um dos motivos, afirma, é o aumento de voos internacionais para o Paraguai.

“Visitantes de várias partes e, principalmente dos Estados Unidos, que chegam pelo Paraguai esticam o passeio para o Brasil. É uma relação mutuamente benéfica entre os dois países”, diz. Falcon defende que a evolução do turismo de fronteira passa, necessariamente, pelo desenvolvimento de políticas unificadas entre os países envolvidos.

Fonte: Gustavo Henrique Braga / Agência de Notícias do Turismo

A importância do autódromo de Interlagos para o turismo

Em coletiva de imprensa em São Paulo, Vinicius Lages fala sobre a força do setor de eventos esportivos para o crescimento do turismo no país. MTur investiu R$ 160,8 milhões nas obras de adequação de Interlagos.

O ministro do Turismo, Vinicius Lages, participou nesta quinta-feira (16) de coletiva de imprensa sobre as obras de adequação do Autódromo de Interlagos, em São Paulo. As reformas foram feitas com recursos repassados pelo Ministério do Turismo em agosto do ano passado, oriundos do PAC do Turismo, no valor de R$ 160,8 milhões.

“O setor de eventos é uma das plataformas de aceleração do crescimento do Turismo”, disse Vinicius Lages. O valor investido em Interlagos é parte dos R$ 260,8 milhões do PAC do Turismo, assim como os R$ 60 milhões destinados às reformas e melhorias do Anhembi Parque e os R$ 40 milhões reservados à construção do projeto Fábricas de Samba.

As obras do autódromo são uma exigência da Federação Internacional de Automobilismo para que o Brasil continue sediando uma das etapas do Grande Prêmio de Fórmula 1. A primeira etapa teve início em julho e a próxima fase deve começar em dezembro. As mudanças devem ser concluídas até 2015 e garantem o evento em São Paulo até 2020.

O diretor de provas da FIA, Charles Whiting, visitou o autódromo em setembro deste ano e confirmou a permanecia de Interlagos no circuito mundial da categoria. O GP de Interlagos foi considerado a corrida mais bem organizada do ano passado pela entidade. A escolha foi feita pelas 11 equipes que disputaram o Mundial. Esta é a segunda vez que a prova paulistana recebe o prêmio outorgado pela entidade.

De acordo com o presidente da SPTuris, Wilson Poit, as obras Interlagos vão colocá-lo entre os três melhores autódromos do mundo em relação à segurança. “Interlagos estará também entre os autódromos mais modernos do mundo”, disse Poit. De acordo com a SPturis, o evento pode gerar cerca de R$ 260 milhões à economia da cidade, consolidando-se como o evento anual que mais gera receita turística à capital paulista.

Entre as obras realizadas este ano estão o aumento da entrada dos boxes, mais larga e extensa, eliminando o ponto de risco e gerando mais segurança aos pilotos; a criação de uma área de escape no “S” do Senna, mais seguro após a adaptação; além do recapeamento da pista e de obras de acessibilidade para o público com mobilidade reduzida.

Para 2015 estão previstas uma área de boxes maior, de acordo com os padrões internacionais, novos boxes auxiliares para provas que ocorrem no mesmo dia, e uma reforma geral da área técnica, o que inclui o aumento e a modernização do Paddock (local que abriga equipes e convidados), com nova torre de controle e nova área para a imprensa e cabeamento da transmissão.

O GP Brasil de Fórmula 1 será realizado no Autódromo de Interlagos no dia 9 de novembro, com treinos nos dias 7 e 8. Esta será a 43ª edição realizada em território nacional e 34ª edição na capital paulista. No ano passado, a corrida atraiu cerca de 127 mil turistas brasileiros e estrangeiros, de 18 países, e foi assistida por 77 milhões de domicílios em quase 200 países.

Vinícius Lages esteve acompanhado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; do presidente da SPTuris, Wilson Poit, além do secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz, e do secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Neusvaldo Lima.

Destino São Paulo
–  De acordo com pesquisa do Ministério do Turismo, a hospitalidade foi o item mais bem avaliado pelos estrangeiros que estiveram no país durante a Copa, com 97,7% de aprovação, o que refletiu em uma alta intenção de retorno ao país (95,1%).

–  Entre os serviços turísticos mais bem avaliados também se destacaram os restaurantes (96,5%), a gastronomia (95,6%) e a diversão noturna (95,6%). O aeroporto de Guarulhos também recebeu o maior índice de aprovação entre as 12 cidades-sede.

–  São Paulo é o destino brasileiro mais procurado por turistas estrangeiros que viajam a negócios e eventos, atraindo metade dos turistas de negócios que desembarcam no país.

–  O estado de São Paulo foi o destino final de cerca de 39 milhões de viajantes em 2013. A região metropolitana de São Paulo tem capacidade hoteleira para receber mais de 146 mil hóspedes.

–  A região metropolitana de São Paulo tem capacidade hoteleira para receber mais de 146 mil hóspedes, o que representa 19% da capacidade hoteleira do país

Fonte: Amanda Lavor / Agência de Notícias do Turismo

CINEMA E GASTRONOMIA BRASILEIROS EM CARTAZ NA COLÔMBIA

A cultura brasileira estará em destaque entre os dias 16 e 19 de outubro, em Bogotá, durante o BRAFF (Brazilian Film Festival), que conta com o apoio da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e Embaixada do Brasil e faz parte do Circuito Inffinito. Pela primeira vez na Colômbia, o festival levará ao público a oportunidade de conhecer mais sobre o cinema e a diversidade da gastronomia do País.

“O cinema é, sem dúvida, um importante meio de promoção do País, pois divulga muitas vezes aspectos regionais, ainda mais unido à nossa gastronomia, também considerada uma ferramenta essencial da cultura do Brasil, agregando valor ao destino turístico”, disse o presidente da Embratur, Vicente Neto.

Além das sessões de abertura e encerramento com filmes brasileiros, a Embratur preparou um roteiro de ações paralelas com o objetivo de potencializar os resultados de divulgação do Brasil como destino turístico. A programação contará com evento de abertura, que acontece na noite de hoje (15) e terá a presença de profissionais da cadeia produtiva do turismo da Colômbia, jornalistas, formadores de opinião, diretores e produtores de cinema. Está previsto um almoço de relacionamento com a imprensa colombiana amanhã (16), oportunidade em que os convidados poderão degustar a culinária brasileira.

Confira a programação no site oficial do evento: http://www.brazilianfilmfestival.com/bogota/2014/

BRAFF – Brazilian Film Festival

A Embratur já apoiou a realização do Festival de Cinema em quatro países considerados prioritários para a promoção do Brasil, uma vez que o cinema e a gastronomia brasileiros fazem parte das principais ações promovidas pela Embratur mundo a fora. O intuito é aproveitar esse importante evento de difusão do cinema nacional e de abertura de novas oportunidades de negócios para a promoção dos destinos turísticos do País.

A primeira edição aconteceu em Miami, nos Estados Unidos, em agosto de 2013. A segunda aconteceu em Londres em setembro, também do ano passado e, em outubro, os vizinhos uruguaios puderam conhecer a produção cinematográfica brasileira durante o Cine Fest Brasil Montevidéu.  Já em junho de 2014, o evento foi realizado em Buenos Aires, na Argentina, e em agosto, mais uma edição em Miami.

Fonte: Embratur

Intenção de viagem do porto-alegrenses é a mais alta

Desejo de viajar é o maior entre os entrevistados de sete capitais brasileiras.

Os gaúchos, em especial os residentes em Porto Alegre, são os primeiros na lista de intenção de viagens para os próximos seis meses. É o que aponta a pesquisa Sondagem do Consumidor realizada pelo Ministério do Turismo/FGV e que é realizada em sete capitais brasileiras. O percentual de sinalização positivas é 42,7%, sendo que seis entre dez entrevistados dizem que o destino será pelo Brasil.

O mês de setembro apresentou o melhor resultado do ano, mostrando que a disposição do brasileiro em viajar alcançou uma média de 31,6% dos entrevistados nas sete capitais brasileiras (Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador).

Entre os gaúchos também prevalece a maior intenção de usar o carro como meio de transporte, com 37%. Contudo, o avião ainda é o meio de locomoção preferido dos moradores de Porto Alegre, com 49%. Outros 10% apontam o ônibus para suas viagens.

Quando o tema é hospedagem, os porto-alegrenses se apresentam como o maior grupo de pessoas que usam residências própria nas viagens, com 19%. Mesmo assim, os hotéis e pousadas ainda predominam como principal meio, com 45%. Além disso, outros 27% pretende ficar hospedados em casas de amigos e parentes. A maioria dos gaúchos também costuma de viajar acompanhado (87,6%).

Fonte: Carolina Valadares / Agência de Notícias do Turismo

Temporada de pesca esportiva no Amazonas reforça turismo

No período entre agosto a março do ano seguinte é permitida a realização de pesca esportiva nos rios da região Amazônica. A atividade atrai turistas e movimenta a economia das cidades ribeirinhas.

O estado do Amazonas é um dos destinos mais procurados por turistas, em especial os estrangeiros, interessados em conhecer as belezas da floresta Amazônica, o rio e seus afluentes que guardam uma enorme diversidade de espécies da fauna e também da flora brasileira. A pesca esportiva, que registrou um crescimento de 10% nos últimos anos, destaca-se entre os atrativos e reforça as atividades turísticas da região.

A temporada de pesca acontece no período de agosto a março do ano seguinte, dependendo da região da bacia amazônica. E a atividade movimenta a economia das cidades ribeirinhas e garante emprego e renda para os moradores que trabalham como guias, como barqueiros e prestam serviços aos visitantes. Segundo a empresa estadual de turismo do estado, a Amazonastur, a expectativa é de que sejam injetados na economia local cerca de US$ 4 milhões somente com os turistas que visitam a região para pesca.

De acordo com o ministro do Turismo, Vinicius Lages, o turismo ordenado e sustentável na região é uma das mais promissoras alternativas de desenvolvimento gerador de renda para as populações locais, face ao enorme potencial local.

É cada vez maior o número de turistas e pescadores que se aventuram na captura do tucunaré (um dos preferidos dos esportistas), além das arapaima, aruana, bicuda, redtail catfish, jacunda, pirapatinga, piranhas, payare, traíra e aimará. Nesta temporada, a estimava é receber mais de 9.700 turistas, segundo o Departamento de Registro e Fiscalização da Amazonastur. Como se trata de uma modalidade esportiva, os pescadores fisgam o peixe, medem, pesam, tiram fotos, retiram o anzol e devolvem ao seu habitat.

Os norte-americanos representam 95% dos estrangeiros que vão pescar no Amazonas. Nos Estados Unidos, há  37,4 milhões de praticantes de pesca esportiva. Eles gastam U$ 50 milhões em viagens, equipamentos e licenças segundo a US Fish and Wildlife Service, agência governamental americana, responsável por cuidar de peixes e vida selvagem.

BRASILEIROS

Entre os praticantes brasileiros, os mais assíduos são os paulistas, além dos visitantes do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná. O mercado de pesca esportiva no Brasil é de cerca de 7,8 milhões de pessoa – um crescimento de quase 100% se comparado a 2004, quando o número de praticantes era de quatro milhões, segundo pesquisa da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe).

A temporada de pesca esportiva movimenta 25 municípios amazonenses, sendo os principais Autazes, Barcelos, Nova Olinda, Borba, Carreiro e Santa Izabel do Rio Negro. “Os municípios que ficam na calha do Rio Negro e na calha do Rio Uatumã são os mais procurados”, diz Oreni Braga, presidente da Amazonastur.

Segundo informações de operadoras que trabalham com viagens para os destinos de pesca na Amazônia, os pacotes variam de R$ 3,5mil a R$ 10mil com hospedagem de turistas costumam ficar de três a sete dias. O peixe mais procurado é o tucunaré-açu, que chega a pesar mais de dez quilos. Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e no Rio Uatumã são os locais onde os praticantes podem encontrar com mais facilidade essa espécie.

Fonte: Cláudia Sanz / Agência de Notícias do Turismo

Confira os projetos pré-selecionados pelo Ministério do Turismo

Participantes do edital têm até o dia 14 de outubro para entrar com recursos. Resultado final sairá no dia 20.

O Ministério do Turismo pré-selecionou, por meio de chamada pública , cinco projetos de incentivo às produções artesanais, industriais ou agropecuárias, com atributos naturais ou culturais que agregam valor ao destino turístico. O total de recursos a serem distribuídos é de R$ 3 milhões, distribuídos pelas cinco macrorregiões do país sendo que cada projeto poderá receber até R$ 600 mil do Ministério do Turismo.
Confira aqui o resultado preliminar.
Os proponentes que não foram selecionados podem entrar com recurso até as 18h do dia 14 de outubro, por meio do e-mail cgpd@turismo.gov.br. O resultado final deverá ser divulgado até o dia 20 de outubro.
As propostas devem beneficiar pequenos agricultores, artesãos, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores que exerçam a atividade pesqueira artesanalmente, indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos e demais povos e comunidades tradicionais, empreendedores individuais, micro e pequenos empreendedores, entre outros.
As 24 propostas foram enviadas pelos órgãos ou empresas municipais ou estaduais de turismo através do Siconv. O edital da chamada pública foi divulgado em 04 de setembro deste ano. Os projetos pré-selecionados foram:

–  Fortalecimento do turismo através de ações coordenadas de fomento ao desenvolvimento local e a produção associada no município de Jacinto Machado (SC);
– Projeto de requalificação da central de turismo de Santo Amaro do Maranhão (MA);
– Projeto de desenvolvimento e fortalecimento do turismo no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros nos municípios de Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás (GO);
– Apoio ao desenvolvimento sustentável do turismo regional no entorno do Parque Nacional da Serra do Cipó, nos municípios de Conceição do Mato Dentro, Congonhas do Norte, Dom Joaquim, Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Morro do Pilar e Santana do Riacho (MG)
– Criação de uma associação de artesãos que trabalham com palha em Morro do Pilar (MG) para agregar valor comercial aos produtos de palha.

Para se habilitar, as propostas deveriam atender a critérios como contemplar um município ou região turística integrante do Mapa do Turismo Brasileiro 2013, contribuir para o desenvolvimento sustentável das regiões turísticas que abrangem os doze parques priorizados pelo MTur e ter capacidade técnica e operacional para executar o objeto proposto.
Atualmente os Parques Nacionais brasileiros recebem 12 milhões de pessoas por ano e faturam cerca de R$ 1,5 bilhão. Para estimular o turismo nos Parques Nacionais, o Ministério do Turismo também lançou uma nova linha de ação do Pronatec Turismo, que visa qualificar produtores dos mesmos municípios do entorno. O programa de qualificação do Governo Federal vai oferecer, a partir de 2015 cursos para artesãos, produtores locais e agricultores familiares que agregam valor ao setor turístico.
Fonte: Amanda Lavor / Agência de Notícias do Turismo

Turismo pedagógico cresce no Brasil

Com viagens programadas dentro do calendário escolar, segmento é opção para agências faturarem na baixa temporada.

Uma experiência transformadora de ensino, fora do ambiente da sala de aula. Essa é a proposta do turismo pedagógico, nicho de mercado que mais que dobrou nos últimos cinco anos. Dados do cadastro nacional de prestadores de serviço do setor (Cadastur), do Ministério do Turismo, mostram que, atualmente, 2.129 agências de viagem operam no segmento “estudos e intercâmbio”, 125% a mais do que em 2009, quando eram 945.

Ao contrário do tradicional passeio escolar, que geralmente visa apenas lazer, o turismo pedagógico se caracteriza por viagens programadas dentro do calendário escolar, além de ser objeto de notas e provas. Nas escolas públicas, há exemplos de programas bem sucedidos para o incentivo a esse tipo de viagem. Um deles é o projeto Viva Ciranda, da Fundação Turística de Joinville (SC), que incentiva a visita de estudantes das escolas municipais a propriedades rurais da região ao custo de R$ 7 por pessoa, além de oferecer um ônibus gratuitamente.

“O turismo pedagógico vem para quebrar a ideia de que o ensino só ocorre na escola e só com o professor”, afirma David Carolla, professor de Turismo do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

As agências que operam neste segmento não têm do que se queixar. As oportunidades incluem excursões periódicas com uma média de 80 estudantes por vez, justamente no período da baixa temporada. Há ainda a possibilidade de formar e fidelizar novos clientes, tanto entre os alunos como entre os pais. “Quem vivencia, nunca esquece o aprendizado proporcionado pelas viagens”, diz Neyse Maria de Oliveira, coordenadora pedagógica de uma escola em Brasília (DF).

Ricardo Leite Vieira, guia de turismo com 10 anos de experiência em roteiros pedagógicos em Pernambuco, explica que a agência é responsável por toda a logística da viagem. “O agente tem que oferecer a infraestrutura que inclui, por exemplo, condições para uso do material didático durante a excursão, enfermeiros, seguros e alimentação adequada”, diz.

Para Vagner Grisostomo, consultor de viagens pedagógicas de uma agência em São Paulo, ainda não há uma cultura consolidada desse segmento do turismo, mas as coisas estão mudando. “É importante substituir a ideia do passeio para a da atividade pedagógica. É um tipo de ensino que agrega experiência, vivência e transformação aos estudantes”, avalia.

Antes de entrar no segmento, contudo, os agentes e guias de turismo precisam se qualificar. “A agência tem que estar 100% alinhada com o professor. É esse alinhamento que faz o aprendizado funcionar”, diz Grisostomo. O consultor afirma também que, para garantir a qualidade do aprendizado dos alunos, a agência deve promover reuniões detalhadas com a direção da escola e os professores, a fim de estabelecer qual a infraestrutura e locais mais adequados para complementar o conteúdo de sala de aula.

Fonte: Gustavo Henrique Braga / Agência de Notícias do Turismo

Guia de turismo enriquece a viagem do turista

Profissional é a pessoa mais indicada para apresentar os roteiros do destino, mostrando os aspectos locais, a cultura e as curiosidades do local de forma a transformar a viagem numa experiência inesquecível.

No momento em que o turismo brasileiro vivencia um novo ciclo de oportunidades para atrair mais visitantes ao país, é importante que o viajante saiba como enriquecer sua viagem com um anfitrião indispensável – o guia de turismo. É por meio do seu trabalho que o destino se completa e agrega valor ao passeios que vai muito além das belezas naturais. As histórias, os personagens e curiosidades são temperos desses profissionais que tem como função transformar um roteiro turístico em uma experiência única ao visitante.

A função do guia vai além do acompanhamento na viagem. Em geral, eles desenvolvem habilidades para atrair o turista como: criatividade, comunicabilidade, conhecimento da realidade e das histórias locais, a paciência, o otimismo, a gentileza e ética. Essas atribuições fazem parte da rotina da historiadora Ana Lúcia, e do escritor Flávio Góes. Além de exercerem regularmente a atividade de guias de turismo, eles têm algo em comum – o amor pela profissão e desejo de mostrar que o guia faz do passeio uma vivência enriquecedora.

Ana Lúcia Cunha, há 15 anos, atende turistas estrangeiros, idosos e estudantes no estado do Acre. Apesar das sequelas de uma paralisia infantil, a profissional garante que não há limitações em exercer sua atividade apoiada a uma muleta. Para ela, um dos principais desafios de um guia é saber lidar com os imprevistos. “Recentemente, por conta da chuva, alterei um passeio de balão para uma visita a um sítio. Felizmente, a turista se encantou com o passeio, tomou um café da manhã regional na comunidade. Ser guia é assim, quem gosta da profissão precisa saber tirar proveito das adversidades e buscar alternativas locais que não frustrem as expectativas do viajante”, explica.

Já o escritor Flávio Góes, guia de turismo do estado de Alagoas, inovou no exercício da atividade fazendo uma encenação teatral para contar parte da história de Lampião e seu bando de cangaceiros. Em dez anos, mais de 150 mil expectadores já assistiram a apresentação que retrata a vida do personagem nordestino em Maceió, na peça: Em algum lugar do cangaço. “A bagagem cultural é importante para atrair os turistas, e procurei unir o entretenimento com a minha atividade profissional”, conta ele, explicando que parte dos atores da peça é formada pelos próprios guias de turismo.

A segurança também é um fator fundamental para quem quer explorar o destino acompanhado por um guia de turismo. De acordo com a presidente da Federação Nacional de Guias de Turismo (Fenagtur), Irma Karla, é necessário procurar um profissional capacitado, que vai orientar, sugerir e elaborar o roteiro, evitando perda de tempo. Ela também faz uma alerta: “Exija empresas, equipamentos turísticos e profissionais Guias de Turismo cadastrados no Ministério do Turismo. Se turista se tornar refém da má prestação dos serviços, deve prestar queixas ao Procon”, reforça.

Qualificação

O guia de turismo é qualificado por curso de formação específica e a profissão é regulamentada pela Lei 8.623/93, que em seu art. 2º determina: “é considerado Guia de Turismo o profissional devidamente cadastrado no Ministério do Turismo – MTur, que exerça atividades de acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializada. É a única profissão regulamentada por lei no setor de turismo. Há cerca de ano, a portaria 27/2014, do Ministério do Turismo, definiu a carga horária do curso de formação, os tipos de trabalho e como podem atuar os guias de turismo.

Segundo a Federação Nacional de Guias de Turismo (Fenagtur), cerca 70% dos profissionais que atuam na área são empreendedores individuais. É possível encontrá-los nos Centros de Atendimento ao Turista (CATs), localizados nos principais pontos turísticos dos destinos, ou então, contratá-los por meio das agências de viagem. O Ministério do Turismo tem 11.921 guias registrados no Cadastur, sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas obrigatório para algumas modalidades de serviços turístico, conforme a Lei Geral do Turismo nº 11771/2008.

Fonte: Deborah de Salles / Agência de Notícias do Turismo

Turismo de aventura do Brasil é destaque na Irlanda

Embratur participa de conferência especializada no segmento e apresenta produtos e destinos brasileiros.

A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) participa, entre hoje e 9 de outubro, em Killarney, na Irlanda, da 11ª edição da Adventure Travel World Summit – ATWS 2014, Conferência Anual de Turismo de Aventura organizada pela operadora ATTA (Adventure Travel Trade Association).

“O objetivo da ação é promover e apoiar a comercialização e a divulgação do Turismo de Aventura. Durante o evento, haverá apresentações de produtos e destinos brasileiros voltados para este segmento. A participação da Embratur é fundamental para fortalecer a imagem do País na Irlanda, que em 2013 enviou 19.352 visitantes ao Brasil”, destacou a coordenadora-geral de Acompanhamento e Estruturação de Produtos do Instituto, Delma Andrade.

A conferência, um dos eventos mais importantes do segmento do Turismo de Aventura no mundo, reúne todo ano cerca de 650 operadores internacionais e veículos especializados no segmento.

A participação da Embratur se dará no âmbito do Programa de Apoio à Comercialização – Clube de Produtos, em conjunto com órgãos estaduais de turismo, ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) e operadoras especializadas no segmento, que participarão de rodadas de negócio.

Durante o evento, será realizada a Vivência Brasileira, na qual os associados participantes terão oportunidade de assistir a uma apresentação do Instituto sobre os principais produtos do segmento de Ecoturismo e Aventura do País, além de degustarem itens da gastronomia brasileira e presenciar uma atração cultural, com apresentação de músicos de bossa nova e MPB.

Fonte: Embratur

Baleias à vista!

Imagem: EcoBrasil.org

Observação de baleias franca e jubarte reforçam a vocação do país como destino de ecoturismo e natureza.

O litoral do extremo sul da Bahia oferece, até novembro, um programa diferente para turistas de todo os quadrantes. É a temporada das baleias jubarte, que escolhem as águas quentes do mar baiano para reprodução e amamentação dos filhotes, e propiciam a prática do whalewatching ou turismo de observação de baleias.

A visita anual dos mamíferos ao litoral baiano, no período de julho a novembro, rendeu ao local a denominação de Costa das Baleias, importante atrativo turístico do estado. No Brasil, a Bahia abriga o maior número de destinos de observação de jubarte, segundo a Secretaria Estadual de Turismo – com destaque para Praia do Forte, Morro de São Paulo, Itacaré, Barra Grande, Cumuruxatiba e Porto Seguro.

Todo esse patrimônio natural integra o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, considerado o maior berçário reprodutivo da espécie em todo o Atlântico Sul Ocidental. O Ministério do Turismo , o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Sebrae trabalham em parceria para estimular a visitação sustentável nas unidades de conservação, ampliando a oferta de produtos e serviços turísticos e criando novas oportunidades para as populações que vivem no entorno dos parques.

Atividades como a observação de baleias, aves, insetos, flores, entre outros, são atrativos do ecoturismo e turismo de natureza, segmento que atrai cerca 10% dos turistas do mundo, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). De acordo com pesquisadores do segmento, a observação de baleias movimenta cerca de 13 milhões de pessoas ao ano e gera uma receita de US$ 2 bilhões na economia mundial – e empregos para mais de 13 mil pessoas.

Além da Bahia, o litoral de Santa Catarina tem a observação de baleias como atração turística. Lá, o mar é das baleias francas, que escaparam da extinção, e hoje podem ser avistadas das praias, já que a observação embarcada está suspensa.

Fonte: Agência de Notícias do Turismo