Turismo de aventura para todos

Propriedades de Socorro (SP) foram premiadas por boas práticas em turismo de aventura acessível. Cerca de 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência.

O ministro do Turismo, Vinicius Lages, recebeu na sexta-feira (14) o prefeito de Socorro (SP), André Eduardo Bozzola, e o representante do hotel fazenda Campo dos Sonhos, José Fernandes, propriedade premiada na última semana por boas práticas de turismo acessível.

O hotel fazenda Campo dos Sonhos e o Parque dos Sonhos receberam dois títulos nas categorias de melhor projeto para pessoas com deficiência e prática de turismo responsável: “Best for People with Disabilities” e “World Responsible Tourism Award – Overall Winner” em premiação ocorrida na World Travel Market (WTM), maior feira de turismo do mundo, realizada de 3 a 6 de novembro em Londres.

O empreendimento desenvolveu, com apoio do Ministério do Turismo, equipamentos de segurança e suporte especificamente para que paraplégicos e tetraplégicos pudessem realizar atividades de aventura como tirolesa, cavalgada e boiacross.

Para o ministro Vinicius Lages, projetos como este reforçam a importância da inovação no setor turístico. “O exemplo do Campo dos Sonhos é a união perfeita entre responsabilidade social e competitividade. Através da inovação e a busca por novos conhecimentos e ferramentas, o destino turístico passou a ter um importante diferencial empreendedor”, disse.

Segundo José Fernandes, os equipamentos de esportes de aventura que receberam adaptações para pessoas com deficiência fizeram sucesso entre todos os públicos. “A tirolesa acessível se transformou no equipamento mais procurado do Parque dos Sonhos, todos preferem utilizá-la. É um equipamento que serve para todos, com ou sem qualquer tipo de restrição”, destacou.

O prefeito André Bozzola convidou o ministro Vinicius Lages para conhecer as estruturas de acessibilidade do município, que é destino referência em turismo de aventura especial. Bozzola reforçou que, através do projeto Socorro Acessível, em parceria com o Ministério do Turismo, diversos pontos turísticos da cidade já foram adequados para receber pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. “Sabemos, porém, que é importante capacitar os serviços e outros pontos turísticos da cidade para atender este público”, disse.

De acordo com o último Censo do IBGE, 23% da população brasileira possui algum tipo de deficiência: são 45,6 milhões de pessoas com dificuldades motoras, auditivas, visuais ou intelectuais.

Fonte: Amanda Lavor / Agência de Notícias do Turismo

Brasil é modelo em turismo de aventura seguro

As normas brasileiras para segurança em turismo de aventura foram utilizadas como base para a normalização internacional do turismo de aventura, no âmbito da ISO, que deve entrar em vigor neste semestre, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta). Foi da Abeta a iniciativa, em 2009, em parceria com o MTur e o Sebrae Nacional, de apresentação ao Grupo de Trabalho de Turismo de Aventura da ISO de três normas brasileiras: a de Sistema de Gestão da Segurança em Turismo de Aventura, Informações Mínimas Preliminares a Clientes e a de Competências Mínimas do Condutor de Turismo de Aventura.

As três normas se tornaram os documentos de base para o processo de construção das normas internacionais, que durou cinco anos. “Foi um trabalho de coordenação conjunta entre Brasil e Reino Unido, que também tinha um documento referência. É uma mostra clara de como o nosso país está avançado neste sentido”, diz o coordenador de Normalização da Abeta, Leonardo Persi. “O Brasil é o país com o conjunto mais consistente de normas voltadas para o segmento de turismo de aventura e ecoturismo”, explica.

As normas internacionais ISO para o turismo de aventura devem ser publicadas no início deste ano. Depois disso, as empresas brasileiras podem sair na frente, segundo a Abeta, uma vez que quase 100 empresas nacionais já tiveram seus sistemas certificados com a norma principal deste processo – a de sistema de gestão da segurança – e teriam facilidade para se adaptar às diretrizes globais. “As empresas brasileiras de turismo de aventura poderão demonstrar, em nível mundial, que o País está no caminho certo para oferecer serviços com qualidade e segurança. Efetivamente estarão colocando em prática processos de melhoria de gestão das pequenas e microempresas, que no setor de turismo de natureza é a grande maioria dos empresários”, explica Persi.

Fonte: Panrotas